A Queda de Uma Lenda: O Fim de uma Era Para John Travolta e o Abalo em Hollywood.
Escrito por gracineterodrigues2025 em 6 de julho de 2025
Quando se fala em astros imortais de Hollywood, o nome de John Travolta sempre aparece entre os primeiros. Dono de uma carreira que atravessou cinco décadas, Travolta deixou sua marca em sucessos icônicos como Grease – Nos Tempos da Brilhantina (1978), Os Embalos de Sábado à Noite (1977) e o cultuado Pulp Fiction (1994). Mas em 2025, a manchete que abalou fãs e críticos foi tão impactante quanto uma de suas performances inesquecíveis: John Travolta é declarado “morto para Hollywood”, segundo reportagem do Radar Online, que detalhou o “desmoronamento estonteante” de sua carreira.
A matéria não fala de morte literal, mas de um ocaso simbólico. O ator, hoje com 70 anos, enfrenta o que muitos chamam de o maior fracasso comercial de sua trajetória: seu novo filme foi um desastre de bilheteria e crítica, selando um capítulo amargo em uma carreira que já foi sinônimo de reinvenção. De ícone da música disco a gângster cult nos anos 90, Travolta sempre surpreendeu ao ressurgir quando ninguém mais acreditava nele. Mas agora, segundo fontes de bastidores, nem mesmo esse talento para o renascimento parece suficiente.
De auge absoluto a ostracismo
John Travolta começou sua escalada ao estrelato nos anos 70. Os Embalos de Sábado à Noite definiu uma geração, ditou moda, embalou pistas de dança ao redor do mundo e transformou o ator num fenômeno global. Pouco tempo depois, Grease consolidou seu status de galã, com números musicais eternizados até hoje. Na década de 80, porém, vieram tropeços: filmes medianos, escolhas questionáveis e uma fase em que Hollywood parecia ter perdido o interesse nele.
Quando tudo indicava um fim melancólico para sua carreira, Quentin Tarantino o trouxe de volta ao centro do jogo em Pulp Fiction. O papel de Vincent Vega lhe rendeu uma indicação ao Oscar e restaurou sua relevância na indústria. Nos anos 2000, Travolta manteve certa popularidade com papéis em blockbusters e filmes de ação, mas nada que superasse o impacto de seus primeiros hits.
Tragédias pessoais e decisões ruins
Se profissionalmente sua trajetória foi marcada por altos e baixos, a vida pessoal de Travolta também teve reviravoltas dolorosas. A perda de seu filho Jett, em 2009, após uma convulsão, abalou profundamente o ator. Anos depois, ele perderia a esposa, Kelly Preston, vítima de câncer em 2020. Em entrevistas, Travolta chegou a afirmar que o trabalho era uma forma de se manter em pé em meio à dor, mas a indústria de Hollywood é implacável: não basta ter história, é preciso dar lucro.
E foi aí que vieram escolhas que minaram sua reputação profissional. Entre os projetos mais criticados está Battlefield Earth (2000), frequentemente lembrado como um dos piores filmes de todos os tempos. Mais recentemente, novas apostas mal recebidas pela crítica enterraram de vez a fé dos estúdios em seu potencial comercial. O último lançamento, que deveria marcar uma virada, virou alvo de memes e piadas, com bilheteria quase inexistente.
“Morto para Hollywood”
A expressão usada pelo Radar Online não foi escolhida à toa. Fontes próximas aos bastidores afirmam que, hoje, produtores evitam associar o nome de Travolta a projetos de peso. A percepção de risco é maior do que qualquer nostalgia que ele ainda inspire. Mesmo em plataformas de streaming, onde nomes veteranos costumam encontrar uma sobrevida, o astro parece não ter espaço.
Para muitos fãs, a situação é injusta. Afinal, trata-se de um artista que marcou época, redefiniu tendências e entregou momentos memoráveis no cinema. Mas para uma indústria obcecada por métricas e números, o passado não sustenta o presente.
Um legado em xeque?
É importante lembrar que nenhum tropeço final apaga uma obra já consolidada. Clássicos como Grease ou Pulp Fiction continuam vivos, assistidos por novas gerações. No entanto, a narrativa de “queda” pode manchar a forma como Hollywood enxerga Travolta daqui para frente. Alguns críticos apontam que o ator poderia ter explorado melhor papéis coadjuvantes, apostado em séries de TV ou investido em produções independentes, algo que outros astros da mesma geração vêm fazendo com sucesso.
Enquanto isso, Travolta parece se recolher. Longe dos holofotes, ele faz poucas aparições públicas, não anuncia novos projetos relevantes e, segundo amigos, está mais focado na família do que em reconquistar os estúdios. É uma saída discreta para quem, por décadas, dançou, cantou e brilhou sob luzes que pareciam eternas.
Um aviso para Hollywood
A derrocada de Travolta serve também de alerta para a própria indústria. Em uma era de franquias exaustivamente repetidas, continuações desnecessárias e pouca margem para reinvenções, até mesmo um ícone pode se perder entre números de bilheteria e algoritmos de streaming. A pergunta que fica é: quantos outros astros lendários terão o mesmo destino?
John Travolta pode estar, como dizem, “morto para Hollywood”, mas para o público, sua imagem dançando sob luzes de neon e entoando You’re The One That I Want seguirá viva. E isso, talvez, seja a única imortalidade que importa para um artista de verdade.
Fontes: Radar Online, IMDb, Rolling Stone, Variety