Roxette Vive: Per Gessle Reafirma Que a Banda É uma Celebração da Memória de Marie Fredriksson.

Escrito por em 6 de julho de 2025

Quando pensamos em Roxette, imediatamente somos transportados para uma era de refrões inesquecíveis, baladas que embalaram romances e hits que dominaram rádios e pistas de dança no final dos anos 80 e início dos 90. Formado pelo talentoso compositor e multi-instrumentista Per Gessle e pela inesquecível vocalista Marie Fredriksson, o duo sueco foi responsável por canções eternas como It Must Have Been Love, Listen to Your Heart e The Look.

No entanto, desde a morte de Marie em 2019, vítima de um câncer cerebral contra o qual lutou por quase duas décadas, muitos fãs se perguntam: faz sentido Roxette existir sem Marie?

Recentemente, em entrevista à imprensa sueca, Per Gessle respondeu essa pergunta de forma direta — e emocionada. Para ele, Roxette não é um “novo duo”, mas sim uma forma de manter viva a força do repertório construído ao lado de Marie, uma celebração musical que mantém a memória da amiga e parceira de palco eternamente presente.


Um legado que não se apaga

Marie não era apenas a voz principal de Roxette. Ela era, na definição de Per, a alma da banda. Sua potência vocal, que transitava entre o suave e o explosivo, transformava as composições pop de Gessle em sucessos mundiais. O que começou como um projeto sueco, logo se tornou um fenômeno global, com turnês esgotadas e milhões de discos vendidos.

Após sua partida, Per poderia ter escolhido encerrar o projeto de uma vez por todas. Mas decidiu, ainda assim, seguir nos palcos — agora acompanhado de Lena Philipsson, uma das artistas pop mais respeitadas da Suécia. Para muitos, a escolha foi corajosa e, ao mesmo tempo, arriscada. Afinal, como reinterpretar músicas tão marcadas pela voz de Marie sem cair na armadilha de substituir o insubstituível?


“Não estamos criando algo novo. Estamos honrando o que já existe.”

Essa foi a essência da fala de Per Gessle. Segundo ele, a ideia não é vender Roxette como uma nova banda ou tentar reconstruir a dupla original. “Não há novo Roxette. O que existe é nosso legado, nossas canções, nossa história. E isso precisa ser celebrado, não engavetado.”

Para Per, a música é viva — e compartilhá-la ao lado de uma nova voz é sua maneira de manter Marie presente nos palcos. Ele faz questão de ressaltar que Lena Philipsson não é uma substituta, mas sim uma intérprete que empresta seu talento para manter acesa a chama de uma história que mudou a música pop europeia.


Turnê de sucesso e reações divididas

O público parece ter abraçado essa proposta. A nova turnê Roxette In Concert vem esgotando ingressos em arenas pela Europa, América do Sul e Oceania. Para muitos fãs, é uma oportunidade de reviver ao vivo músicas que marcaram gerações — e sentir novamente a energia que Marie transmitia.

Contudo, nem todos concordam. Parte da base de fãs considera a continuação do nome Roxette sem Marie como uma forma de diluir o legado da artista. Nas redes sociais, surgem comentários sobre como seria mais respeitoso usar outro nome, ou focar em shows solo de Per Gessle, sem carregar a marca Roxette.

Per, por sua vez, responde com serenidade. Para ele, cada acorde tocado, cada refrão entoado em coro pela multidão, é uma lembrança de que Marie ainda está ali, viva na memória coletiva de quem canta suas letras de cor.


Uma homenagem que ecoa

Mais do que nostalgia, Roxette em 2025 é uma celebração. As músicas continuam ecoando, seja nos shows lotados, no musical Joyride The Musical — que percorre teatros na Escandinávia e deve ganhar novas montagens — ou nas plataformas digitais, onde milhões de plays garantem que o duo sueco ainda dialogue com novas gerações.

Per Gessle segue no palco não para reescrever o passado, mas para mantê-lo pulsando no presente. É, em suas próprias palavras, um tributo — e não uma tentativa de substituição.

No fim, o que fica é o que sempre fez de Roxette um fenômeno mundial: canções atemporais, refrões que grudam na cabeça, melodias que sobrevivem a tudo — até mesmo à ausência física de uma das vozes mais singulares que o pop já teve.


Enquanto houver fãs cantando It Must Have Been Love, haverá Roxette. E enquanto houver Roxette, haverá Marie Fredriksson.


Fontes: Radar Online, Roxette Blog, entrevistas recentes de Per Gessle em veículos suecos


Opnião dos Leitores

Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *